20:26h - 10/12/02

k0d314

eu sou verde, dentro e fora
o jugular fresco flui na artéria
q posso fzer? o verde me adora
e constitui toda minha matéria

o bisonho elemento em mim sazona
e eu com ele, em unissom latejo
mas nenhum de nós o tom abandona
para aprendermos a cada ensejo

é meu orgulho e dor a coloração
que me espreme entre os galhos
e a salvação da cor em questão
vem pelas raízes de túbulos falhos

cada aperto sufocante e o suspiro
preenchem um pedaço, uma lacuna
do antes vazio e plano papiro

cada ranger e cada folha que brota
fazem de mim mais experiente gatuna
a roubar, da melodia maior, uma nota
para compôr minha imatura ode oportuna

</codeína nikélika>

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diz o professor heric, de literatura, que lembra o estilo de augusto dos anjos.

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